
Nesta semana a TV Bandeirantes levou ao ar reportagem em que denunciava o excesso de velocidade praticado por motoristas de ônibus de linhas interestaduais. Foram mostrados diversos casos de veículos trafegando bem acima da velocidade permitida, um deles a mais de 120 km por hora. Após a denúncia a ANTT intensificou a fiscalização nas rodoviárias, principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro. Ainda nas plataformas de desembarque os fiscais retiram os discos dos tacógrafos e fazem os cálculos de distância percorrida e tempo gasto o que prova, em alguns casos, que os tacógrafos foram alterados para mostrar velocidade compatível com a permitida.
Minha surpresa é só agora, após denúncia, o orgão responsável agir contra isso. Há anos isso acontece. Há casos que são do conhecimento geral, por exemplo: há algum tempo atrás, na concorrência entre a Viação Cometa e o Rápido Ribeirão, linha São Paulo/Ribeirão Preto, a segunda empresa conseguia se distinguir por fazer o percurso, em cerca de meia hora a menos do que a primeira. Já na linha São Paulo/Curitiba sempre foi a Cometa que usou essa tática e seus ônibus chegavam a ser até 1 hora mais rápidos em comparação com os da Viação Itapemirim. Quem viaja contantemente entra Rio e São Paulo também já sabe quais empresas são as mais rápidas. Exemplos como esses são vários pelo país, mas é bom ressaltar que isso acontece porque muitos passageiros preferem utilizar as empresas que fazem o percurso em menor tempo.
Eu, particularmente, tenho muito respeito pelos bons profissionais do volante que dirigem ônibus em nossas, muitas vezes complicadas, estradas. Acho que é uma obrigação das empresas dar treinamentos contantes; utilizar sempre o motorista no mesmo percurso, para que ele esteja familiarizado com aquela estrada; fazer com bastante periodiciade os exames de saúde necessários; manter atendimento psicológico e propiciar bons locais de descanso, quando o motorista está fora de sua residência.
Provavelmente, com essa fiscalização, muitas empresas vão querer culpar seus motoristas pelas infrações, o que vai ser uma injustiça, pois a empresa tem a planilha da viagem, com horário de partida e chegada e sabe qual o tempo de parada, daí não adianta dizer que o motorista foi quem adulterou o tacógrafo.
O que eu considero uma aventura são os ônibus de excursão, principalmente de empresas menores, que pegam viagens para qualquer lugar e que muitas vezes utilizam motoristas free-lancer.
Um comentário:
Bom Dia Senhores! Gostaria de estar deixando um recado ou comentário de elogio, mas ao contrário disso venho me queixar da falta de respeito da empresa ITAPEMIRIM em só vender passagem para Eunápolis/BA se tiver vaga no onibus. Onde fica o direito do cidadão que sabe que existe a linha exclusiva da tal empresa, mas é obrigado e humilhado indo para o TIP de mala na mão para tentar ou melhor rezar para faltar passageiro para que sobre uma vaga para se chegar em Eunápolis!!! Que país é esse?
Vera Ramos
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