Cai limite de velocidade nas marginais da Anchieta

A partir desta terça-feira (01/04) a velocidade máxima permitida nos dois sentidos das marginais da Via Anchieta, entre o Sacomã e São Bernardo do Campo, é de 90 km/h. Espera-se que com a redução de 20 km na velocidade permitida diminua o número de acidentes nas marginais. Segundo estudos o trânsito nessas vias caracteriza-se como urbano e não rodoviário, uma vez que existem vários acessos para os bairros que ficam às margens da rodovia. Na via expressa não haverá alteração.

Governo Federal assina mais um contrato de concessão rodoviária

Nesta quarta-feira foi assinado, entre a ANTT e o consórcio Acciona, o Contrato de Concessão Rodoviária de cerca de 200 km da BR-369 no estado do Rio de Janeiro. A concessionária administrará a rodovia, pelo prazo de 25 anos, desde o entroncamento com a Via Dutra, em Volta Redonda, até a divisa com o estado de Minas Gerais, próximo a Além Paraíba. Nos seis primeiros meses a empresa deverá investir R$. 57 milhões em obras emergenciais e de melhoria das condições de trafegabilidade da rodovia. Após essa primeira fase, começará o pagamento de pedágios no trecho. Nos 25 anos de concessão estão previstos investimentos de R$. 1,4 bilhão.
A solenidade encerra o segundo processo de privatização de estradas federais, uma vez que os outros trechos concedidos já estão sendo administrados pelas concessionárias. A partir do segundo semestre inicia-se as licitações para a terceira etapa de concessão das rodovias federais, envolvendo trechos das BRs 116 e 324, na Bahia, e das BRs 040, 116 e 381, em Minas Gerais.
Considerando-se este novo trecho já são 4083 km de estradas federais privatizadas. Infelizmente esse parece ser um mal necessário, uma vez que já está comprovado que as estradas administradas pelo poder público tendem a ter péssimas condições de manutenção. Salvo raras exceções.

PRF intensifica fiscalização e triplica número de multas em MG

Durante o feriado prolongado foram aplicadas, somente nas estradas federais que cortam o estado de Minas Gerais, cerca de 18 mil multas, número 3 vezes maior ao realizado no feriado da páscoa de 2007. A maioria das multas referem-se a excesso de velocidade o que prova que muitos motoristas, acostumados com a impunidade, não respeitam os limites estabelecidos. O principal resultado dessa operação foi a diminuição no número de acidentes e mortes em comparação com o ano passado. Não há segredo, as únicas maneiras de se reduzir os números alarmantes de acidentes são: fiscalização aliada a um trabalho de educação dos nossos motoristas e maior rigor nas leis.
Imagem: Radar em ação

Principal ligação entre o NE e o Pará está interrompida

Fortes chuvas destruiram parte da BR-316, próximo a Governador Newton Belo, no estado do Maranhão. Apesar de ser a principal rodovia de acesso entre os estados do nordeste e o norte do país a BR-316 já foi considerada a estrada mais mal conservada do Brasil. No ano passado a operação tapa-buracos deu uma melhorada na situação, que era mais crucial entre as cidadas de Santa Inês e Presidente Médice. Agora é a natureza que conspira contra quem depende dessa estrada e provoca esse estrago no mesmo trecho. O DNIT está avaliando a situação e deve construir um desvio de emergência enquanto recupera o asfalto.

ANTT começa a fiscalizar velocidade de ônibus interestaduais

Nesta semana a TV Bandeirantes levou ao ar reportagem em que denunciava o excesso de velocidade praticado por motoristas de ônibus de linhas interestaduais. Foram mostrados diversos casos de veículos trafegando bem acima da velocidade permitida, um deles a mais de 120 km por hora. Após a denúncia a ANTT intensificou a fiscalização nas rodoviárias, principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro. Ainda nas plataformas de desembarque os fiscais retiram os discos dos tacógrafos e fazem os cálculos de distância percorrida e tempo gasto o que prova, em alguns casos, que os tacógrafos foram alterados para mostrar velocidade compatível com a permitida.

Minha surpresa é só agora, após denúncia, o orgão responsável agir contra isso. Há anos isso acontece. Há casos que são do conhecimento geral, por exemplo: há algum tempo atrás, na concorrência entre a Viação Cometa e o Rápido Ribeirão, linha São Paulo/Ribeirão Preto, a segunda empresa conseguia se distinguir por fazer o percurso, em cerca de meia hora a menos do que a primeira. Já na linha São Paulo/Curitiba sempre foi a Cometa que usou essa tática e seus ônibus chegavam a ser até 1 hora mais rápidos em comparação com os da Viação Itapemirim. Quem viaja contantemente entra Rio e São Paulo também já sabe quais empresas são as mais rápidas. Exemplos como esses são vários pelo país, mas é bom ressaltar que isso acontece porque muitos passageiros preferem utilizar as empresas que fazem o percurso em menor tempo.

Eu, particularmente, tenho muito respeito pelos bons profissionais do volante que dirigem ônibus em nossas, muitas vezes complicadas, estradas. Acho que é uma obrigação das empresas dar treinamentos contantes; utilizar sempre o motorista no mesmo percurso, para que ele esteja familiarizado com aquela estrada; fazer com bastante periodiciade os exames de saúde necessários; manter atendimento psicológico e propiciar bons locais de descanso, quando o motorista está fora de sua residência.

Provavelmente, com essa fiscalização, muitas empresas vão querer culpar seus motoristas pelas infrações, o que vai ser uma injustiça, pois a empresa tem a planilha da viagem, com horário de partida e chegada e sabe qual o tempo de parada, daí não adianta dizer que o motorista foi quem adulterou o tacógrafo.

O que eu considero uma aventura são os ônibus de excursão, principalmente de empresas menores, que pegam viagens para qualquer lugar e que muitas vezes utilizam motoristas free-lancer.

DNIT tenta minimizar problemas com obras na BR-101 em Itajaí

Para colocar ordem nos congestionamentos que estão ocorrendo desde o início das obras de recuperação da passarela de pedestres sobre o Rio Itajaí-Açu no km 112 da BR-101, sentido Florianópolis/Paraná, o DNIT está separando o tráfego de veículos de cargas e o de passageiros. Neste trecho a rodovia encontra-se afunilada em meia pista o que tem ocasionado os transtornos. A solução encontrada pelos técnicos foi utilizar a pista da direita apenas para os veículos de carga enquanto os demais usarão a da esquerda, a cada 20 minutos uma das pistas será liberada. Dessa forma, apesar da espera, evita-se o confronto o que deve dar maior fluidez ao tráfego. A previsão é de que as obras estejam concluídas até o final de maio. Tem tudo para dar certo desde que seja muito bem sinalizado e de que a fiscalização seja rigorosa.

Estupidez que custa vidas

A BR-392, entre as cidades de Pelotas e Rio Grande, é uma das campeãs de acidentes no estado do Rio Grande do Sul. Apesar de ser a única estrada que leva ao porto de Rio Grande e, por isso mesmo, ter um elevado tráfego de caminhões, ainda é em pista simples. Privatizada, desde 1998, é administrada pela concessionária Ecosul que cobra de pedágio entre as duas cidades valores que variam de R$ 5,90 (automóveis) a R$ 49,20 (carreta com semi-reboque).
Incluída no PAC, do governo federal, as obras de duplicação desse trecho já deveriam estar em curso. Porém, por por um impasse com a concessionária, o governo até hoje não autorizou o ínicio das mesmas. Segundo a ministra Dilma Rousseff, que esteve na região na semana passada, a Ecosul planeja um aumento de 21% no valor do pedágio a partir da conclusão da duplicação. Por não concordar com isso uma vez que, segundo a ministra, ali já é cobrado um dos valores mais altos de pedágio do país, formou-se o impasse para prejuízo de todos que necessitam utilizar a estrada.
Será que o contrato entre o governo federal e a concessionária é tão inflexível que não dá margem à negociações? Esses contratos não podem deixar o governo de mãos amarradas e a população sendo prejudicada por causa do interesse de lucro de uma empresa. E qual o valor das vidas que estão sendo perdidas por essa questão burocrática?
Imagem: vista parcial do porto de Rio Grande

BR-104 no agreste pernambucano terá trecho duplicado

Foi aberta licitação para a duplicação da BR-104 na região de Caruaru em Pernambuco. O trecho a ser duplicado vai de Agrestina até o trevo de Santa Cruz do Capibaribe. Essa estrada é um importante corredor de tráfego na região, uma vez que liga Caruaru, tanto ao estado da Paraíba, quanto a Alagoas. Por ela trafegam em média 20 mil veículos por dia.
Ainda nessa região foi inaugurado trecho asfaltado da PE-149 entre Ibirajuba e Lajedo. São cerca de 14 km que passam a denominar-se Rodovia Padre João Liberato.

De quem é a responsabilidade?

Hoje, lendo uma notícia no jornal, lembrei-me de uma vez que estava viajando entre Curitiba e São Paulo em um ônibus da Viação Cometa que, por acaso, vinha trazendo de carona um motorista da concorrente Viação Itapemirim. Como os dois motoristas conversavam em voz alta e eu estava sentado logo nas primeiras poltronas vinha ouvindo a conversa deles. Fiquei sabendo que o motorista da Itapemirim era da Bahia e que pela primeira vez tinha feito a viagem entre São Paulo e Curitiba e agora estava voltando, sem saber de São Paulo para onde seguiria. Depois, fui informado pelo motorista da Cometa, que era normal essa situação ocorrer na concorrente.
Mas voltando a notícia que li. Na madrugada de ontem, um ônibus da Viação Itapemirim que fazia a linha Curitiba/Rio de Janeiro, provocou um acidente sobre o viaduto de acesso da Marginal do Tietê à Rodovia dos Bandeirantes. Segundo consta, o motorista errou o caminho e subiu o viaduto. Ao notar a falha, ao invés de seguir adiante e retornar quando possível, o profissional resolveu (pasmem) manobrar sobre o viaduto e retornar pela contramão, com a agravante que essa alça é em curva. Conclusão: matou dois rapazes (23 e 19 anos) que estavam voltando para casa, após participarem de um culto da igreja adventista. A perícia constatou que o ônibus estava descendo na contramão à cerca de 80 km por hora.
Segundo alguns passageiros, o motorista assumiu o volante em Registro e lá já se perdeu para conseguir entrar na Rodovia Régis Bittencourt, o que prova que ele não conhecia o trajeto e, ainda segundo os passageiros, ao notarem a loucura que ele estava fazendo sobre o viaduto em São Paulo, tentaram alertá-lo, batendo na porta que divide o compartimento do motorista, mas não foram atendidos.
O profissional encontra-se detido e a empresa, em nota, disse que está prestando toda assistência à família da vítimas (os rapazes eram cunhados). Não estou aqui acusando ninguém, nem sei se a informação que recebi do motorista da Cometa é verídica, mas acho que os orgãos reguladores precisam ficar atentos com isso. O mínimo que se espera, quando se viaja de ônibus é que o motorista, tenha sido suficientemente treinado para que conheça aquele trajeto, como se fosse o caminho de sua casa.

Problema em ponte interdita PR-151

A PR-151 que liga a região de Ponta Grossa ao estado de São Paulo, foi interditada na tarde de ontem por problemas estruturais na ponte sobre o Rio Samambaia que faz a divisa dos municípios de Jaguariaíva e Sengés.

Segundo o DER-PR e a concessionária que administra a via, as obras devem ser iniciadas nos próximos dias e serão executadas em regime de urgência em função do grande volume de veículos que utilizam a rodovia.

Para quem vem do Paraná o desvio está sendo feito em Jaguariaíva de onde segue-se pela PR-092 até Wenceslau Braz e daí para Santana do Itararé, cruzando a divisa dos estados em Itaporanga. Daí pode-se optar entre seguir a viagem por Avaré ou por Itapeva. Para quem segue para a capital paulista a opção por Avaré, até a Castelo Branco, é quase 20 km mais curta.
Foto: Detalhe da ponte interditada - Fonte: Agência de Notícias do Estado do Paraná

Compensa reconstruir a BR-319?

Construída na década de 70 a BR-319 já permitiu a ligação por terra entre Porto Velho e Manaus. Oficialmente a estrada foi inaugurada em março de 1976, mas antes disso já era possível fazer a viagem, pois o DNER havia entregue a obra totalmente pavimentada desde 1973. Só que a falta de manutenção adequada foi deteriorando a estrada, a tal ponto, que hoje é impossível se chegar de outras regiões do país, por via rodoviária, em Manaus. Excetuando-se um trecho asfaltado de 180 km, entre Manaus e a cidade de Careiro, o restante da pavimentação e algumas pontes não existem mais.
Isso afeta diretamente as comunidades locais que enfrentam dificuldades de escoamento de produção e de locomoção. O transporte pluvial na região também é precário.
Para reverter essa situação o Ministério dos Transportes iniciou, desde agosto do ano passado, obras de recuperação e pavimentação da rodovia. Em alguns trechos equipes do exército vêem trabalhando, mas as dificuldades são muitas e orgãos ligados ao meio ambiente e entidades de estudos sobre a Amazônia já defendem outras modalidades de transportes para substituir a rodovia. Uma das idéias propostas é a construção de uma ferrovia que ligaria Manaus à Porto Velho e possibilitaria o transporte da produção para o resto do país de uma forma mais econômica. Outros defendem maiores investimentos em hidrovias melhorando a infra-estrutura que já existe.
O assunto merece estudos sérios e desvinculados de paixões. Será que vale mesmo a pena investir tanto dinheiro na reconstrução e asfaltamento dessa estrada enquanto temos tantas outras em precárias condições? Será que alternativas mais baratas não vão ser mais interessantes para o desenvolvimento regional, uma vez que dificultarão a invasão de forasteiros e a agressão ao meio ambiente? Já não ficou provado, pela Transamazônica, que o solo da região exige muito mais gastos com manutenção, se comparado com outras regiões do país? O governo garantirá essa conservação?
Enfim, essas e outras questões merecem ser analisadas, para que daqui a trinta anos não estejamos novamente discutindo a reconstrução e pavimentação da BR-319.

Alguém se preocupa com a lei?

Está cada vez mais comum ver as telas de reprodução de dvd instaladas sobre o painel dos automóveis. Talvez algumas pessoas ainda não saibam que isso é proibido pela resolução 153 de 2003, que regulamenta o uso de aparelhos de imagens em veículos, que diz:

Art. 1º. Fica proibida a instalação em veículo automotor de equipamento capaz de gerar imagens, seja por intermédio da captação de sinais eletromagnéticos ou tecnologia análoga, seja mediante a reprodução de dados gravados em fitas magnéticas, discos de alta densidade, ou qualquer outro tipo de mídia.
§ 2º. Ficam ressalvados: I - os equipamentos instalados de forma que apenas os passageiros dos bancos traseiros possam visualizar as imagens; II - os equipamentos destinados a produzir imagens de mapas ou desenhos, com o intuito de orientar o condutor quanto ao caminho a ser seguido, sendo:
a. a consulta ao aparelho deverá ser realizada estando o veículo imobilizado de forma regular;
b. o equipamento, ou a parte do veículo no qual esteja instalado, deverá ser dotado de tampa, que permita a ocultação da tela, que deverá permanecer coberta enquanto o veículo estiver em movimento.
O descumprimento do disposto nesta Resolução constitui-se em infração de trânsito prevista no art. 230, inciso XII do CTB em conjunto com a infração de trânsito prevista no art. 169 do mesmo diploma legal, que seguem:
Art. 169. Dirigir sem atenção ou sem os cuidados indispensáveis à segurança: Infração - leve; Penalidade - multa.
Art. 230. Conduzir o veículo: inciso XII - com equipamento ou acessório proibido; Infração - grave; Penalidade - multa; Medida administrativa - retenção do veículo para regularização;

Já está na hora de a fiscalização começar a ser mais rigorosa com esse ítem. Senão daqui há pouco teremos um monte de pseudo motoristas dirigindo por nossas ruas e estradas ao mesmo tempo em que assistem os shows de seus artistas prediletos. Será que as pessoas só se conscientizam de que dirigir é uma coisa séria a partir do momento que ficam aleijadas, morrem ou matam?
Hoje, em uma viagem de 100 km, entre Campinas e São Paulo, vi dois idiotas ao volante que vinham com seus aparelhinhos ligados sobre o painel.

Consórcio Integração Oeste vence licitação do Rodoanel

Só falta a Artesp analisar as qualificações do Consórcio Integração Oeste para que o mesmo seja, de fato, definido como vencedor da licitação de concessão do trecho oeste do Rodoanel de São Paulo. Segundo a proposta apresentada o valor do pedágio é de R$. 1,1684 que deverá ser corrigido até que a cobrança comece a ser efetuada. Pelas estimativas esse valor deve chegar no máximo a R$. 1,25.
Acredita-se que até o mês de maio todas as estapas burocráticas deverão estar finalizadas permitindo a assinatura do contrato e o início dos trabalhos da concessionária no trecho. Pelo edital o pedágio só poderá ser cobrado a partir da finalização de algumas obras, como melhoria de alguns acessos, sinalizações, etc.
Serão implantadas praças de pedágio em todas as saídas do rodoanel, dessa forma o valor a ser pago será o mesmo para quem utiliza um pequeno trecho, por exemplo acessa no Rodovia Anhanguera e sai na Rodovia dos Bandeirantes, ou roda os 32 km do trecho concedido.
Chamou a atenção de todos a diferença entre o valor proposto e o que é cobrado hoje em outras estradas paulistas, ainda mais se considerarmos que este contrato prevê uma taxa de R$. 2 bilhões à título de outorga. Este valor será repassado ao governo do estado durante os dois primeiros anos do contrato e deverá ser utilizado integralmente na construção de novos trechos do Rodoanel que, quando finalizado, terá 170 km de extensão e ligará todas as estradas que conduzem à capital paulista. O investimento estimado até o final da obra é de R$. 9 bilhões.

BR-080, no norte de Goiás, será asfaltada

Foi anunciado convênio entre o Dnit e a a Agetop para a pavimentação da BR-080 entre Uruaçu e Luís Alves. Segundo o orgão o investimento será de R$. 70 milhões, dos quais o governo federal bancará cerca de 90%.

Essa estrada deverá alavancar aquela região de Goiás e, inclusive, incentivar o turismo pois facilitará bastante a a viagem entre o Distrito Federal e o Rio Araguaia, que com suas praias e pesqueiros é um grande atrativo da região centro-oeste.
Foto: Rio Araguaia - Fonte: Papéis de parede do Baixaki.

A dificuldade dos produtores matogrossenses

Mais um ano de dificuldades para os produtores agrícolas do estado do Mato Grosso escoarem suas safras. O estado conta com uma malha viária muito aquém da necessária e com grande parte das estradas sem pavimentação, que na época das chuvas costumam ficar intransitáveis, ou quase. Segundo números divulgados pela Secretária da Infra Estrutura, o Mato Grosso tem perto de 33 mil km de estradas, entre federais e estaduais, das quais apenas 7321 km são asfaltados. Há, também, uma escassez de estradas cortando o estado no sentido leste/oeste e as poucas que existem, excetuando-se as do sul do estado, são em terra.
Para piorar a situação a opção por hidrovias encontra grandes obstáculos ambientais e a construção de um trecho de ferrovia que deve chegar até Rondonópolis encontra-se parado nas proximidades da divisa com Goiás, pois a América Latina Logística, operadora da rede, alega falta de recursos para a obra.
Imagine quanto isso não encarece o preço final dos produtos.

Econorte continuará cobrando pedágio em Jacarezinho

O Tribunal Regional Federal suspendeu a decisão da justiça de Jacarezinho que proibia a cobrança de pedágio na BR-153. Segundo o desembargador que julgou o caso, a empresa está autorizada a continuar cobrando até o julgamento do mérito pelo TRF. Não foi divulgada uma provável data para que isso ocorra.
É bom continuar guardando os recibos, pois o processo prevê a devolução dos valores.

Impasse entre governo do ES e Rodosol

O governo capixaba estuda a possibilidade de cancelamento do contrato de concessão da ES-060, com a Rodosol, pois alega que a mesma não vem cumprindo o cronograma de obras de melhorias na Terceira Ponte, que liga Vitória e Vila Velha. A empresa alega que não tem condições de assumir os investimentos, de cerca de R$.50 milhões.

Segunda análise feita pela Auditoria Geral do Estado, os valores cobrados nos dois pedágios do trecho concedido, são suficientes para que a empresa arque com os custos das obras, mas o governo do estado preferiu encomendar um estudo à FGV que já tem experiência nesse tipo de levantamento. Até julho o estado deve receber o parecer da FGV sobre o caso.
Foto: Terceira Ponte - Fonte: Papéis de parede do Baixaki.

Espanhóis agora querem o Rodoanel

Depois de ganharem a concessão de vários trechos de estradas federais privatizadas recentemente, desta vez as empresas espanholas irão participar da licitação de concessão do Rodoanel de São Paulo, que deve ocorrer na próxima semana. Além da OHL e Acciona, que já começaram a atuar no Brasil, deve participar, também, a Abertis que é a segunda maior empresa do mundo no ramo.
Da vencedora será cobrada uma taxa de R$. 2 bilhões pela outorga, além de investimentos a serem feitos na própria rodovia, avaliados em R$. 800 milhões. Será vencedora a empresa que propor o menor valor a ser cobrado pelos pedágios implantados nas saídas do rodoanel. O valor máximo estipulado no edital é de R$. 3,00.
Ainda este ano o governo de São Paulo deve abrir licitações para a concessão de mais 5 trechos de rodovias, são elas: Rodovia D. Pedro I, e o sistema Ayrton Senna/Carvalho Pinto, que hoje são administradas pelo DERSA; Rodovia Raposo Tavares, no trecho que vai de Ourinhos até Presidente Prudente e a Rodovia Marechal Rondon que será dividida em mais 2 trechos entre Tietê e Botucatu.
Foto: Rodoanel Mario Covas na confluência com a Rodovia Régis Bittencourt. Fonte: site do DERSA

Concessão rodoviária, o melhor negócio do Brasil

Segundo relatório divulgado pela consultoria especializada Austing Rating, a concessão rodoviária é o negócio mais lucrativo entre 28 setores da atividade econômica do país. Esse cálculo foi feito comparando-se o patrimônio da empresa e seu lucro líquido, o que resultou em uma lucratividade de 33,9%.
A campeã de faturamento foi a CCR - Cia de Concessões Rodoviárias, que administra a NovaDutra, Autoban e ViaOeste (só filé), que teve um lucro de R$. 583 milhões, valor 6% maior do que o alcançado no exercício anterior.
O relatório apresenta uma conclusão que explica porque o negócio é tão bom: "A maior parte dessas rodovias estava em condições relativamente boas de uso, não precisavam de grandes investimentos. O fato de o preço por quilômetro ser um dos maiores do mundo, torna natural que os índices de rentabilidade sejam elevados". Pois é... a gente já desconfiava disso.

Justiça proíbe cobrança do pedágio de Jacarezinho.

A já tumultuada relação entre as concessionárias e os poderes públicos paranaenses ganhou mais um capítulo. A justiça acaba de proibir a concessionária Econorte de manter a cobrança de pedágio na sobreposição das BRs 369 e 153, ou seja o pedágio de Jacarezinho. Segundo a ação movida pelo Ministério Público Federal o trecho onde está implantada a praça de pedágio não foi licitado pelo governo estadual, uma vez que a BR-153 não é uma estrada estadualizada. Agrava-se a isso o fato de que a cobrança do pedágio se dá em, praticamente, área urbana que acaba separando a sede do município do distrito que Marques dos Reis, obrigando os moradores a desembolsarem quase R$. 20,00 cada vez que se deslocam ao centro da cidade.
Pela decisão do juiz a concessionária tem o prazo de 10 dias para desativar a praça, caso contrário começará a pagar multa diária de R$. 100 mil. A empresa também foi multada em R$. 20 milhões por descumprir uma ordem da justiça que obrigava a mesma a manter placas que deveriam orientar os usuários a guardarem os recibos de pedágio para eventual ressarcimento pois o caso estava sub-judice. Quem guardou, desde 2002, agora terá direito a devolução.
De fato, para quem continua pela BR-153 a situação é bastante desrespeitosa, pois a pessoa paga R$.9,70 (automóvel) para rodar por estradas que não estão privatizadas e que, como diz o magistrado em sua sentença, são: “rodovias de pista simples, mal sinalizadas, com intenso tráfego de caminhões em lenta velocidade, dotadas de lombadas, semáforos, cruzando centros urbanos".
Para quem já teve a curiosidade de olhar no mapa do DNIT esta praça de pedágio está localizada após a cidade de Cambará e não logo na divisa do Paraná. Parece que a concessionária não quis perder o alto volume de tráfego que se destina ao sul e a Curitiba.
Mas atenção, a empresa tem direito a recurso e, é óbvio que vai apelar. Portanto se você passar por ali e continuar pagando pedágio depois desses dez dias não venha dizer que este blog está dando informações inverídicas.