Cochilou...dançou

Já foi aprovada e está para ser publicada no Diário Oficial da União, resolução do Contran que torna obrigatório exame de distúrbios do sono para motoristas profissionais. Esse exame deverá feito toda vez que o profissional for renovar da habilitação.
Além de responder a um questionário em que o médico pode detectar algum sintoma relacionado ao distúrbio, o motorista passará por exames onde serão verificados detalhes comuns em quem tem esse tipo de problema, tais como: obesidade, hipertensão, pescoço largo, estreitamento da base da língua e da garganta, etc. Caso sejam encontrados dois ou mais sintomas o individuo deverá apresentar laudo de um especialista atestando que não sofre desse mal.
A polissonografia, aquele exame em que o paciente dorme uma noite na clínica sendo monitorado o tempo todo, será necessária nesses casos. Na capital paulista, por uma pesquisa que fiz na internet, esse exame pode custar até mil reais. Na rede pública, ao que me consta, somente os Hospitais das Clínicas e São Paulo fazem esse procedimento, mas isso pode levar meses pois a procura é grande.
Hoje no Brasil há mais de 10 milhões de portadores de carteira profissional, categorias "C", "D" e "E". Claro que a maioria desses não exercem a profissão mas, pela resolução, todos estarão obrigados a cumprir as novas normas.
Segundo pesquisas internacionais, de 20 a 30% dos acidentes ocorrem porque os motoristas dormem ao volante, as pesquisas só não difernciam os motoristas que sofriam de distúrbios do sono ou dormiram por excesso de cansaço. Digo isso porque no Brasil é muito normal, principalmente caminhoneiros, dirigirem muito além da capacidade humana de resistir a um sono restaurador. Dois motivos são os principais para que isso aconteça: ou o contratante exige que a carga seja entregue em um prazo pequeno, ou o motorista quer descarregar rápido para carregar de novo e, com isso, faturar mais. Nesses casos só fiscalização rigorosa do tempo que um profissional está ao volante é que pode atenuar o problema.