Por decisão do Dersa - Desenvolvimento Rodoviário S/A, o tráfego na ponte sobre a Represa Billings, no trecho sul do Rodoanel, deverá ser interditado toda vez que rajadas de ventos ultrapassarem os 50 km/h. A partir de ventos de 19 km/h a Polícia Rodoviária poderá implementar redução drástica de velocidade sobre a ponte, ou mesmo fazer a travessia através de sistema de comboio.
Os engenheiros garantem que não há perigo de a ponte desabar, ou mesmo de a força do vento lateral conseguir tombar algum veículo. Alegam que a interdição é somente para evitar desconforto aos usuários e riscos de acidentes devido a sustos que os motoristas podem tomar por causa de um balanço mais forte da pista.
A solução pode ser a mesma da utilizada na Ponte Rio-Niterói, onde foi instalado, em 2003, um sistema chamado de Atenuadores Dinâmicos Sincronizados, desenvolvido pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, que é composto por um complexo conjunto de molas e contrapesos. Desde a instalação desse sistema nunca mais houve fechamento da ponte por causa de ventos, o que era uma constante antes disso.
O surpreendente é não ter sido prevista essa hipótese pelos projetistas da estrada, lembrando que as obras ficaram paradas muitos anos esperando liberação ambiental e foram alvos de muitas discussões e alterações no projeto. Naturalmente que qualquer tipo de intervenção que seja feita na estrutura da ponte, agora que a obra já está terminada, custará muito mais caro do que se a fizesse durante a construção.
Um outro cuidado que os motoristas que trafegam pelo Rodoanel devem ter é quanto ao combustível, uma vez que em toda a extensão da via não existe nenhum posto de abastecimento.Foto: Ponte sobre a Represa Billings - Fonte: Site do Dersa
Que os valores dos pedágios nos estados de São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro são altíssimos não se tem dúvidas. Prova disso é o lucro exorbitante que as empresas concessionárias conseguem auferir. Porém, é incontestável que a qualidade da maioria das estradas incluídas nessas concessões é bem superior a das estradas não concedidas, o que acaba diminuindo a indignação de se pagar tão caro para se percorrer um bem público.
Porém, mais frustrante do que se pagar caro é se pagar, barato que seja, para se percorrer uma rodovia em péssimo estado. Esse é um assunto levantado pelo jornal O Estado de São Paulo na sua edição do último domingo. Em uma reportagem, em que o jornal afirma ter percorrido as rodovias Régis Bittencourt e Fernão Dias, é colocada em dúvida a eficiência do sistema de privatização pelo menor preço que o governo federal utilizou no processo de concessão dessas duas importantes estradas.
Segundo o jornal: "dois anos após o governo federal ter concedido as estradas a operadores privados, pelo pedágio mais barato possível, elas estão longe de oferecer segurança a seus usuários. Em alguns trechos, toras escoram partes das pistas, as encostas cedem, ameaçando arrastar as pistas de rolamento e abalando estruturas de viadutos. Automóveis e caminhões caem em buracos onde deveria haver uma pista. Os desvios da Rodovia Fernão Dias aumentavam, em março, em 70 quilômetros a viagem entre São Paulo e Belo Horizonte."
Naturalmente que ninguém quer pagar preços exorbitantes mas, ao pagar que o usuário pelo menos receba uma estrada em boas condições de tráfego. Esperamos que o sistema de privatização de rodovias não sirva somente para propagandas políticas e que as empresas que assumiram essas estradas sejam cobradas e obrigadas a cumprir os contratos.
O Estado do Piauí está implantando um sistema de monitoramento para controlar a frota de ônibus e vans credenciadas junto à Secretaria Estadual dos Transportes. O objetivo é coibir o transporte clandestino e ter uma maior fiscalização dos veículos autorizados.Através de câmeras que estão sendo instaladas em rodovias do estado e de chips instalados nos veículos será possível obter-se em tempo real informações importantes como velocidade, número de passageiros, horários, controle sobre o percurso, etc.Mas o grande objetivo do sistema é o combate ao transporte clandestino, pois toda vez que um veículo não autorizado passar por uma dessas câmeras serão acionados fiscais que interceptarão o mesmo e farão a apreensão do veículo.A iniciativa é bastante louvável e tomara que logo se estenda a outros estados, pois o transporte de passageiros é uma prestação de serviço que precisa ser muito bem fiscalizada uma vez que muitos transportadores apenas visam os lucros em detrimento ao conforto e segurança dos passageiros.
Inaugurada nos anos 1930 a travessia de balsa entre as cidades de Santos e Guarujá não terá vida longa pois o governo do estado acaba de apresentar o projeto de uma moderna ponte que substituirá os famosos ferry-boats.
A travessia de 400 metros coincide com a entrada do estuário do porto de Santos o que, por anos, inviabilizou todos os projetos de uma ponte já que atrapalharia a navegabilidade no local. A saída encontrada no novo projeto é utilizar o sistema de estaiamento para elevar a altura da ponte.
Ao todo o projeto prevê a construção de um complexo viário de 4,8 km, sendo que um quilometro será através da ponte estaiada que terá cerca de 80 m de altura.
Hoje a ligação entre as duas cidades pode ser feita através das balsas ou da chamada Rodovia Piaçaguera-Guarujá, em um percurso de 45 km. Em dias normais são transportados aproximadamente 25 mil veículos pelas balsas, o que provoca uma espera de mais de 1 hora para se fazer uma travessia que leva em média 7 minutos. Na época de alta temporada o movimento chega a dobrar e é preciso muita paciência para se suportar as intermináveis filas.
Alguns técnicos acham que a melhor opção seria a construção de um túnel entre as duas cidade, porém o governo do estado alega que a ponte terá vantagens paisagísticas e um custo de manutenção inferior ao do túnel, além de permitir, caso haja necessidade no futuro, o aprofundamento do canal do estuário.
O governo do estado promete que ainda no mês de março inaugura o trecho do Rodoanel Mário Covas que liga a Rodovia Régis Bittencourt, no município de Embu à Mauá, atravessando as duas principais rodovias de acesso ao litoral paulista, a Rodovia dos Bandeirantes e a Anchieta. Espera-se que haja uma substancial melhora no trânsito da capital, pois grande parte dos veículos que utilizam as marginais do Pinheiros e parte da Tietê, assim como a av. dos Bandeirantes, estão só de passagem pela capital, pois se dirigem ao litoral ou cidades do ABC. Esses motoristas, vão viajar com muito mais rapidez e tranquilidade pois estarão utilizando uma moderna rodovias e evitando os dissabores dos enormes congestionamentos.
Mais uma vez as empresas de ônibus conseguiram uma vitória para se manterem por mais um tempo nas linhas interestaduais. Por incrível que possa parecer, apesar de tanto tempo para se preparar, a ANTT não conseguiu preparar a licitação que deveria ocorrer ainda este ano para todas as linhas interestaduais e internacionais.A alegação da agência é de que havia preparado a documentação sob dados incorretos e não havia mais tempo para fazer as correções, por isso solicitou uma prorrogação até o final de 2010. Enquanto isso a esperança dos usuários por um transporte de melhor qualidade, com mais competição e preços mais justos vai sendo postergado; para piorar à partir de amanhã os valores das passagens serão reajustadas em mais de 7%.
O Senador, por Santa Catarina, Raimundo Colombo (DEM) apresentou dados que indicam que entre 2003 e 2008, o governo federal destinou apenas 27% dos recursos alocados pelo orçamento da união, para a conservação e ampliação da malha rodoviária federal.
Segundo o senador, essa falta de investimento deixou nossas estradas em situação de abandono, cheias de buracos, sem sinalização adequada e com traçados e pontos de grande perigo, o que tem sido a causa de muitos acidentes.
Como exemplo o parlamentar cita seu estado, que recebe um grande fluxo de turistas argentinos que têm se mostrado bastante insatisfeitos com as condições de nossas estradas onde, desde 2000, já perderam a vida 63 argentinos. Deduze-se, portanto, que não fosse esses percalços o estado poderia receber muito mais turistas dos países vizinhos.
Conclui o senador: "uma coisa é o que o governo propõe; outra é o que anuncia por meio do PAC; e outra bem diferente é o que de fato realiza".