Que os valores dos pedágios nos estados de São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro são altíssimos não se tem dúvidas. Prova disso é o lucro exorbitante que as empresas concessionárias conseguem auferir. Porém, é incontestável que a qualidade da maioria das estradas incluídas nessas concessões é bem superior a das estradas não concedidas, o que acaba diminuindo a indignação de se pagar tão caro para se percorrer um bem público.
Porém, mais frustrante do que se pagar caro é se pagar, barato que seja, para se percorrer uma rodovia em péssimo estado. Esse é um assunto levantado pelo jornal O Estado de São Paulo na sua edição do último domingo. Em uma reportagem, em que o jornal afirma ter percorrido as rodovias Régis Bittencourt e Fernão Dias, é colocada em dúvida a eficiência do sistema de privatização pelo menor preço que o governo federal utilizou no processo de concessão dessas duas importantes estradas.
Segundo o jornal: "dois anos após o governo federal ter concedido as estradas a operadores privados, pelo pedágio mais barato possível, elas estão longe de oferecer segurança a seus usuários. Em alguns trechos, toras escoram partes das pistas, as encostas cedem, ameaçando arrastar as pistas de rolamento e abalando estruturas de viadutos. Automóveis e caminhões caem em buracos onde deveria haver uma pista. Os desvios da Rodovia Fernão Dias aumentavam, em março, em 70 quilômetros a viagem entre São Paulo e Belo Horizonte."
Naturalmente que ninguém quer pagar preços exorbitantes mas, ao pagar que o usuário pelo menos receba uma estrada em boas condições de tráfego. Esperamos que o sistema de privatização de rodovias não sirva somente para propagandas políticas e que as empresas que assumiram essas estradas sejam cobradas e obrigadas a cumprir os contratos.
quarta-feira, 14 de abril de 2010
É necessário encontrar o equilíbrio
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